A Comissão Mista de Orçamento retoma hoje a discussão sobre a paralisação de 10 obras custeadas, no todo ou em parte, com recursos federais por apresentarem indícios de irregularidades graves.

A paralisação foi recomendada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e está sendo analisada pelo Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades (COI), que auxilia a Comissão de Orçamento e é coordenado pelo deputado Covatti Filho (PP-RS).

Desta vez será ouvido o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mario Rodrigues Junior, já que, dos 10 empreendimentos listados pelo TCU, cinco deles, que constam no Anexo 6 da lei orçamentária deste ano, dizem respeito à mobilidade.

São eles: travessia urbana nas BRs 235/407, em Juazeiro (Bahia); implantação do BRT em Palmas (TO); trechos 1 e 2 do corredor de ônibus Radial Leste, na cidade de São Paulo; e obra de construção da BR 040, em Petrópolis (RJ).

O TCU deve rever a sua posição quanto à construção da Vila Olímpica de Parnaíba (PI), cujos contratos com irregularidades já foram rescindidos, e à construção da Fábrica de Hemoderivados e Biotecnologia (PE), que já teve os pagamentos suspensos pelo gestor.

O diretor de Produtos Estratégicos e Inovação da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras), Antonio Edson de Souza Lucena, também foi convidado para dar explicações aos parlamentares.

A comissão reúne-se às 9 horas, no plenário 2.