Publicado em: 11/06/2018

Um convite à sociedade para dizer o que espera do Brasil nos próximos 12 anos. Esta é a mensagem que o governo federal passou durante o lançamento da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Endes), na tarde desta segunda-feira, dia 11, no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. O evento marcou o envio do documento à  consulta pública (ficará disponível até o dia 15 de agosto no site do MP), trazendo dois cenários para o crescimento econômico do país.

O primeiro, que pressupõe a realização de amplas reformas na direção de elevar o potencial de crescimento da economia brasileira, prevê um crescimento médio para o PIB de 3,86% para os próximos anos, e o segundo, elaborado com a hipótese de reformas que viabilizariam o equilíbrio fiscal de longo prazo, mas sem alterar o potencial atual de crescimento da economia brasileira, projeta um PIB médio de 2,3%. Em ambos os casos, foi considerada a manutenção do teto de gastos.

Saiba mais sobre a Estratégia nacional


De acordo com o ministro Esteves Colnago, o primeiro cenário de crescimento de 3,86% do PIB é factível, desde que o governo faça a “lição de casa”, aprovando reformas estruturais que garantam a sustentabilidade das contas fiscais reforma da previdência, reforma administrativa e verificação dos planos sociais e também realizando reformas microeconômicas reforma tributária, cadastro positivo, mudanças de marcos legais etc. , que possibilitem ganhos imediatos na produtividade do país. “Se o próximo governo caminhar nessa direção, nossas projeções indicam que em 2021 será possível ao país reverter a trajetória deficitária e passar a gerar superávit primário”, explicou, acrescentando que o Brasil tem um enorme potencial de crescimento.

No outro cenário, Colnago informou que não foram incluídas reformas microeconômicas. “Avançando, exclusivamente, nas reformas estruturais já será possível assegurar uma trajetória sustentável da dívida pública”, apontou o ministro, enfatizando que essa é a premissa para garantir um ambiente econômico que propicie estabilidade, com taxas baixas de juros e inflação dentro das metas. “Precisamos que os investidores continuem tendo segurança, mostrando que o governo é solvente, mesmo que ainda não gere superávit em curto prazo”, destacou, lembrando que em nenhum dos dois cenários o documento contará com receitas e