Publicado em: 10/09/2019.

O governo federal estuda realizar permutas de terrenos e prédios da União com imóveis de propriedade de agentes privados situados em áreas urbanas e que possam ser utilizados por órgãos públicos.

A ideia é ceder áreas ou prédios da União que estejam fora de uso, sem gerar qualquer benefício, e receber em troca prédios e salas que possam ser utilizados pelos órgãos. O resultado seria a redução de uma despesa considerável que a administração tem hoje: o gasto com o pagamento de aluguéis.

Segundo o titular da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União do Ministério da Economia (SPU/ME), Fernando Bispo, a medida tem mão dupla, uma vez que representa também uma boa oportunidade de negócio para os empresários.

“Queremos criar uma cesta onde o empresário escolhe. Será uma troca de ativos. Mas que você possa pegar esse ativo como pagamento e desenvolver um novo negócio”, declarou, em almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais de Brasília (Lide).

O secretário afirmou, ainda, que a parceria entre o governo e a iniciativa privada é essencial para o desenvolvimento do país: “Ninguém é mais competente para desenvolver esses ativos do que o mercado imobiliário. Temos mais do que um negócio, mais do que uma questão comercial. Temos uma grande oportunidade para transformar o nosso país e gerar emprego. Isso é desenvolver o Brasil”, disse.

Alienação

Bispo também informou que a SPU/ME deverá colocar R$ 1 bilhão de imóveis à venda ainda neste ano. Até 2022, serão colocados para alienação mais de 3.700 ativos e a expectativa de arrecadação é de R$ 36 bilhões.

“Precisamos criar uma esteira do desinvestimento. Precisamos dar destino a esses imóveis, acabar com o abandono. Para isso, vamos dispor no site da SPU todos os imóveis que temos conhecimento que podem ser alienados e à medida que tiverem interessados por esses imóveis, passaremos a trabalhar nele para desenvolvimento da venda”, finalizou.