Há quem acredite que ela faz parte do DNA brasileiro. Outros preferem compará-la ao colesterol: existe o lado bom e o ruim. O primeiro reside na concepção do pensador alemão Max Weber, para quem a burocracia é um conjunto de fatores (regras, procedimentos, divisão de funções, distribuições de tarefas e disciplina hierárquica) que tem por objetivo tornar uma organização mais eficiente, seja ela pública ou privada. O lado ruim é quando há desequilíbrios na burocracia que geram impactos negativos, tanto para o Estado quanto para o setor produtivo de um país. Nas sociedades contemporâneas, isso pode significar menos competitividade frente ao mercado global, prejudicando o desenvolvimento dos países.

Para debater as disfunções na burocracia estatal e seu impacto no ambiente de negócios na competitividade das organizações produtivas nacionais, o Tribunal de Contas da União (TCU) reuniu representantes do Executivo federal, da sociedade civil e do setor produtivo brasileiro, em mais uma edição do “Diálogo Público”, realizada no dia 22 de maio, na sede do Tribunal em Brasília.

Estiveram presentes os secretários-executivos da Casa Civil da Presidência da República, Daniel Sigelmann, e do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Gleisson Rubin, e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto de Souza. Também compuseram a mesa de debates o coordenador da área econômica do Banco Mundial, Rafael Muñoz Moreno, do vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), Aldemir Santana, do presidente do Instituto Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Roberto Brant, do diretor de Políticas e Estratégias da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho Fernandes, do diretor-titular do Comitê de Desburocratização da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Abdo Antônio Hadade, do presidente-executivo do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Cláudio Gastal, o diretor-executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, e o gerente da Unidade de Auditoria Interna do Serviço de Apoio às Pequenas e Micro Empresas (Sebrae), Marcelo Hallai Vieira. 

Pelo TCU, compuseram a mesa de debates o secretário-geral da Presidência (Segepres), Rainério Rodrigues Leite, o secretário-geral de Controle Externo (Segecex), Cláudio Castello Branco, o coordenador-geral de Controle Externo da Eficiência P&