Publicado em: 19/12/2019.

As empresas estatais federais continuam apresentando aumentos significativos em seu resultado líquido. Entre janeiro e setembro de 2019 as empresas Petrobras, Eletrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa, que são responsáveis por 96% dos ativos totais das estatais, somaram um resultado líquido total de R$ 85,2 bilhões, contra os R$ 50,2 bilhões do mesmo período do ano anterior. O resultado do 3º trimestre já é maior que o acumulado em todo o ano de 2018, que totalizou R$ 71,5 bilhões.

Estes são os dados da 12ª edição do Boletim das Estatais Federais, que também aponta uma redução progressiva no endividamento das estatais desde 2015, partindo de um montante de R$ 544 bilhões na época para os atuais R$ 325 bilhões em setembro de 2019. A edição também apresenta o aumento no repasse de dividendos pelas empresas estatais federais, totalizando R$ 16,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2019 contra R$ 11,6 bilhões repassados ao longo de todo o ano de 2018. Outra redução se deu no aporte da união sobre as estatais, que totalizou R$ 1,5 bilhão nos 3 primeiros trimestres do ano, um terço da marca de R$ 4,5 bilhões estimada em 2018.

Os resultados apresentados reforçam “o claro objetivo do Governo com relação à privatização das empresas estatais. Enquanto tais processos não são efetivados, ou mesmo para as quais não se pretende desestatizar, é necessário continuar trabalhando para o aumento dos resultados e redução dos custos de cada empresa” afirma o Secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Fernando Soares.

Além disso, a adequação da força de trabalho das empresas continua sendo o destaque em relação à política de pessoal das estatais. Até setembro de 2019, em comparação ao ano de 2018, houve uma redução de cerca de 14,3 mil pessoas no quadro das estatais, com destaque para o Correios, onde foram desligados cerca de 5,6 mil empregados. Da redução total do quantitativo de pessoal das estatais, cerca de 3.500 posições decorreram das desestatizações do período, e o restante foi, em grande parte, resultado da implementação de programas de desligamento voluntário de empregados – PDVs, cuja estimativa de economia na folha de pagamentos é da ordem de R$ 1,43 bilhão.