Publicado em: 10/05/2019.

O senador Eduardo Girão (Pode-CE) lamentou em Plenário, nesta sexta-feira (10), que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, tenha liberado o processo licitatório do Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de fornecimento de refeições institucionais, no valor de R$ 1,13 milhão. Para o senador, a realização do pregão eletrônico é no mínimo escandalosa, por considerar fora da realidade econômica brasileira a exigência de itens considerados refinados — por exemplo, medalhões de lagosta ao molho de manteiga queimada e vinhos importados.

O senador citou outras polêmicas que envolveram recentemente o STF, como o episódio que ele classificou como censura à Revista Crusoé e ao portal de notícias O Antagonista, quando os veículos foram impedidos de publicar reportagens que traziam denúncias contra a Corte. Ele ainda criticou decisões dos magistrados como a permissão às assembleias legislativas de revogar a prisão de deputados estaduais e a validação do indulto de Natal concedido pelo ex-presidente Michel Temer. Sob esses argumentos, Girão defendeu a aprovação do requerimento que cria a CPI para investigar os tribunais superiores. Também apoiou a análise dos pedidos de impeachment de ministros da Corte que foram apresentados ao Senado.

— Não é à toa que a população brasileira está revoltada com o Supremo Tribunal Federal. Foi um acúmulo de situações. E nós não podemos voltar a transformar Brasília em uma Bastilha. O povo está insatisfeito. O povo está insatisfeito, querendo que a verdade venha à tona, que seja feita essa CPI, que esses impeachments saiam da gaveta aqui no Senado Federal — pediu.